Em ano comemorativa do 15º aniversário, fomos ao encontro do António Caldeira Patrício, para nos falar um pouco do seu grupo, e também da sua vivência como cabo. E foi numa mesa do bar dos Académicos de Elvas, na feira de São Mateus que de uma forma descontraída falá-mos um pouco.
T.A. António, diz-se no mundo taurino que não se aprende a ser forcado, que já se nasce forcado.Qual foi o primeiro contacto que o António Patrício teve no mundo da forcadagem?
A.C.P. Desde pequeno que ia a corridas de touros com a minha família , e ás tentas a casa do meu tio Xico Luís Caldeira, então pode-se dizer que desde muito novo fui habituado a crescer neste meio. O primeiro contacto que tive no Grupo foi com 16 anos quando comecei a treinar.
T.A. Para um cabo de Forcados como o António Patrício, quando um jovem quer ser forcado e vai aos primeiros treinos, quais no seu entender, os requisitos que um jovem deve ter para vestir e representar os Forcados Académicos de Elvas?
A.C.P. Deve ter entrega pelo grupo, espírito
de amizade, entreajuda e humildade. São qualidades que acabam por passar para os mais novos, pelos exemplos dos mais antigos dentro do Grupo.
T.A. Penso que o António Patrício é um dos fundadores, primeiro como Forcado e depois como cabo, diga-nos os pontos mais altos dos Académicos, e também os menos bons?
A.C.P. Estou nos Académicos à 13 temporadas mas não sou fundador. Os pontos mais altos são sempre aquelas corridas importantes em que o Grupo se supera e temos actuações de alto nível, como pegar 6 toiros na nossa praça, as corridas no Campo Pequeno, ou as digressões ao estrangeiro que são sempre boas para união do grupo.
Por sua vez os momentos menos bons, principalmente são aqueles em que se lesiona algum forcado e uma tarde ou outra em que as coisas não correm como nós gostamos.
T.A. Como tivemos oportunidade de presenciar a corrida do São Mateus, o grupo está recheado de muitos jovens com valor. É fácil arranjar elementos para o Grupo?
A.C.P. O Grupo passou por uma fase de renovação em que tivemos a sorte de ter muitos jovens com valor e vontade de serem Forcados, que começam agora a dar o pulo e a responder de forma bastante positiva as expectativas que temos neles, como se pôde ver na corrida de São Mateus.Temos tido todos os anos alguns jovens a querer treinar, e claro uns ficam e acabam por ser Forcados e outros percebem que não dão para serem forcados, mas continuam a acompanhar
o Grupo, e a dar um importante apoio fora da praça.
T.A Recuando um pouco no tempo, diga-nos em que praça se fardou pela primeira vez, e qual a data?
A.C.P. Em Portalegre em Abril de 2003.
T.A. António Caldeira Patrício, no próximo dia 2 de Outubro as portas do Coliseu Rondão Almeida vão de novo abrir, para uma corrida diferente, uma corrida onde o seu Grupo os Académicos de Elvas, perante o seu público comemora 15 anos de vida, 15 anos a dignificar a tauromaquia. Temos um belíssimo cartel, como gostaria que fosse essa noite?
A.C.P. Sem duvida que vai ser uma noite muito importante para nós, vamos festejar este aniversário fardando antigos e actuais, e pegar os 6 toiros na nossa praça que é sempre um incentivo especial.Acho que o cartel está muito competitivo e para que a noite fosse perfeita gostaríamos de ter uma casa cheia para nos apoiar e festejar esta noite connosco.T.A. Para terminar, qual o apelo que o António Patrício, como Forcado e como cabo do Grupo de Forcados Académicos de Elvas, gostaria de deixar aos aficionados?
A.C.P. A tauromaquia está a passar uma fase de constantes ataques por parte dos anti-taurinos, em que nós aficionados temos que nos manter unidos, para mostrar a nossa força e encher as praças do país.
Em pronto foi esta pequena conversa que mantivemos com o cabo do Grupo de Forcados Amadores Académicos de Elvas António Caldeira Patrício. Sorte para próxima sexta- feira e que DEUS reparta sorte.
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