A poucos dias da grande corrida da feira de São Mateus em Elvas, fomos ao encontro de António Patrício que se despede como cabo, no próximo sábado
T.A- Tauromaquia Alentejana - António Patrício, praticamente estamos nessa grande corrida, como te sentes neste momento, um pouco nervoso ou não?
A.P. António Paatrício - Já falta pouco tempo para a corrida de grande importância para o grupo, e para mim. Logo existe sempre um nervoso miudinho que depois no dia desaparece.
T.A - António Patrício todos nós sabemos que como cabo e forcado dos Académicos de Elvas, levaste bem alto o nome dos Académicos e da cidade de Elvas, qual o sonho que ficou por realizar?
A.P - Enquanto forcado e cabo fiz o melhor que soube e podia pelo nosso grupo.Existem sempre alguns objectivos que ficam por cumprir mas no geral fico satisfeito e orgulhoso nos mais novos, que os vimos crescer e aos poucos fazendo-se homens com princípios que são incutidos pelo grupo e tornando-se grandes forcados.
T.A- A escolha do novo cabo o Luís Machado, foi por escolha dos forcados mais velhos do grupo, ou por votação de todos os elementos do grupo?
A.P- Foi por votação de todos os elementos que estão no ativo.
T.A- António Patrício, no próximo sábado vamos ter em praça atuais e antigos forcados dos Académicos ou não?
A.P-Sim é uma corrida onde nos vamos fardar todos.
T.A- Antigamente quando o cabo passava o testemunho ao novo cabo, por norma pegava o terceiro touro, e o novo cabo o quarto, como vai ser?
A.P - Já tenho algo pensado, mas irei decidir com o Luís quando estiver em praça
T.A -E o brinde do teu último toiro, como cabo a quem o vais dedicar?
A.P- Vai ser à família e ao grupo.
T.A- António Patrício como vais passar, ou o que faz um cabo de forcados em dia de despedida, isto é as horas que antes da corrida?
A.P- Vai ser um dia como o de outra corrida qualquer. De manhã vou trabalhar que tenho um serviço marcado, à tarde vou ao sorteio e descançar um pouco até às horas da fardação.
T.A- António Patrício, como cabo e forcado que ainda és, como vês a comunicação social na tauromaquia. Há blogues e sites e fotógrafos a mais ou não?
A.P-Não creio que haja a mais, mas sim uma grande falta de qualidade e isenção. E em relação aos forcados pouco ou nenhuma importância é dada, salvo raras excepções como a sua José Foles
T.A- Para terminar-mos deixa um conselho para os aficionados e outro para os Académicos de Elvas?
A.T- Os Académicos não precisam de conselhos, pois vão ficar com um grande cabo, que vai seguir o caminho da verdade e seriedade, pode ser que um dia os empresários comecem a dar valor a isso.
Aficionados existem poucos em Portugal, mas o público em geral deve ser mais exigente e crítico, e não aplaudir tudo e todos, para não chegarmos ao ponto de todos nós na festa andarmos alíviados.
TA- E pronto foi esta a entrevista que nos concedeu o António Patrício praticamente a poucos dias de dizer adeus como cabo dos Académicos, mas não como aficionado.
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