VILA BOIM: FESTIVAL MOLHADO, FESTIVAL ABENÇOADO

No passado Sábado Vila Boim, no concelho de Elvas, recebeu o seu mediático festival taurino.
E terminou da melhora maneira.  
Praça cheia com muita chuva à mistura, e com muita vontade de vêr toiros, estavam anunciados os seguintes artistas:

"Maestro" João Moura, Ana Batista e o praticante António Prates, a pé Eduardo Dávila Miura, Juan Leal, Manuel Dias Gomes e o novilheiro Manuel Pereira.

Depois das cortesias ,o Maestro João Moura foi justamente homenageado no centro da arena pelos seus brilhantes 40 anos de alternativa. 

Primeiro cavaleiro em praça João Moura, dá gosto vêr o Maestro de Monforte com ferros frontais a entender o novilho desde a saida, sem levar um único toque nas montadas, foi o grande triunfador na parte equestre.
De seguida entrou em praça a cavaleira de Salvaterra de Magos Ana Batista, que não teve tarefa fácil com o Passanha que lhe tocou em sorte,  Ana Batista com a sua classe e arte, foi de menos a mais na brega e na cravagem da ferragem embora com um ou outro toque na montada.
António Prates, o jovem de quem se fala, foi a Vila  Boim, mostrar toda a sua raça e valor, meteu ferros de boa nota mas também não se livrou de alguns toque na montada.
 No intervalo do Festival os Romeiros de Vila Boim fizeram uma homenagem a Luís Carvalho um dos grandes pilares do fim de semana taurino.
A segunda parte, toda ela dedicada ao toureio a pé, começou da melhor maneira com o matador Eduardo Dávila Miura, mostrou que a sua classe e maestria está sempre presente no seu toureio, tendo sido um gosto vê-lo tourear, apesar da chuva intensa que se fazia sentir, mas o público nunca comeu "pipas" nas bancados ouvido-se  muitos olé olé.
  Juan Leal "bailou" com a mais feia, pois o novilho de Passanha não colaborou desde o primeiro segundo ao que Juan Leal nada pode fazer. Depois no final, a empresa, e bem, ofereceu  o sobrero.
Manuel Dias Gomes, teve uma passagem positiva por Vila Boim, mostrando a sua arte e temple que lhe é característico, pena  não estar anunciado em mais corridas.
O último novilho do festival veio das terras da Golegã do ganadero Manuel Veiga, e que novilho, saiu ao jovem Manuel Perera, estando o novilheiro a gosto com ele, mostrando todo o seu valor e raça. No final o ganadero, e bem, foi chamado à praça dando volta com o novilheiro.
No capítulo das pegas, para o primeiro novilho foi para a cara o jovem José Maria Cortes do grupo de Montemor, numa grande pega, onde o grupo esteve coeso nas ajudas.
Na segunda pega para os Amadores de Évora foi escolhido o jovem Ruí Bento, que nunca esteve bem no momento da reunião, sendo a pega conseguida ao quinto intento.
Na última pega coube ao grupo de Montemor, que convidaram, e bem, os seus colegas de Évora para pegarem em conjunto, sendo a mesma conseguida à segunda tentativa pelo jovem Pedro Santos.
Um festival em que sairam triunfadores na parte equestre João Moura e na parte apeada Eduardo Dávila Miura e o jovem Manuel Perera.
Dirigiu com acerto o delegado técnico tauromáquico Manuel Gama

Foi assim que terminou o x festival taurino de Vila Boim.

Simão Foles